O atelier
Mal chegámos ao nosso destino, fomos brindados com o barulho, infernal, do cruzamento dos comboios na linha. Som que, nos próximos anos, vai fazer parte das nossas vidas. Não é agradável, mas, para já, não há volta a dar.
Deixemos estas questões sonoras.
Como já disse chegámos às 20h, os trabalhadores que iam levar as coisas da carrinha para a casa, já estavam cansados. Os que vinham no camião, estavam cansados da espera, do trabalho de passar as coisas do barco para o camião e da viagem. Os que foram chamados para ajudar (com o fim de ser mais rápido), estavam cansados do dia de trabalho e queriam ir para as sua casas, jantar, descansar. Só para terem uma ideia tudo terminou por volta das 22h.
Há que referir que estávamos sem luz e não, passo a explicar.
"Quando fizemos o contrato pedimos para nos ligarem até 6 de Setembro, data em que íamos chegar e queríamos ter luz em casa. A visita, do funcionário da EDP para o efeito, ficou marcada para 6 de Setembro. Pedimos a um amigo que estava de folga nesse dia e, disponível para nos fazer o favor de o receber. Mas não correu bem. Houve uma confusão com as chaves, melhor, não havia nenhuma suplente, ao contrário do que era suposto. Estávamos nós no meio da confusão de coisas, barcos, camiões, quando recebemos o telefonema do nosso amigo a perguntar o que fazia. Tinha o funcionário da Edp para fazer a ligação e não tinha chaves. Dissemos, arromba a porta. A questão é que, entretanto, o funcionário, que tinha outros serviços para fazer, foi embora, disse que voltava, mas não voltou. Conclusão, quando nós chegámos, tínhamos a porta arrombada, não tínhamos luz e os carregadores furiosos. Simpático, não!?! Ainda pensámos que o dito funcionário da EDP pudesse ter ido numa altura que não estivesse ninguém e, tivesse feito a ligação, na realidade a ligação é feita na escada. experimentámos, mas nada. Lá se fez a mudança à luz de velas com homens furiosos a, literalmente, mandar com as caixas, de qualquer jeito.
22h trabalho concluído, os trabalhadores foram para suas casas, finalmente. Nós, fomos jantar em casa dos nosso vizinhos (curiosamente, também o eram na ilha), que, amavelmente, prepararam uma deliciosa refeição para nós.
No dia seguinte, mais calmos, lá ligámos para a EDP para fazer nova marcação. Só podia ser dali a dois dias. Já estávamos por tudo, mais duas noites à luz das velas, até é romântico. Não acham?
Entretanto, em conversa com outro amigo, contámos a nossa aventura, ou melhor, a nossa desventura. Ele ri-se e diz-nos - vocês têm luz de certeza, a ligação é feita na escada. Lá fomos experimentar e, voilá, tínhamos luz. No dia anterior, tivemos azar, a lâmpada que experimentámos estava fundida. Inacreditável! Eheheheheh!!!"
Vamos agora ao atelier. É mais ao menos do tamanho do outro, um pouco maior, talvez, mas com alguns problemas para resolver. (Falamos nisso noutro dia) Mas o pior mesmo, é o problema sonoro de que vos falei - o comboio - e a vista.
Oram vejam.
Atelier vazio...
E cheio de tralha...
O causador do problema sonoro e as vistas.
Depois disto...
Temos isto...
Não há comparação possível. Mas, como já disse, em tudo há o lado bom e o menos bom, vamos tirar partido do bom e, ser felizes.
No próximo dia, vamos falar dos problemas que encontrámos e como os solucionámos.
Até lá. 😏
Fernanda Viana
Comentários
Enviar um comentário